Magé do esplendor cafeeiro à estagnação urbana e a chegada de Guapimirim

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Magé do esplendor cafeeiro + Imagem? divulgação

Descubra a trajetória de Magé, de cidade próspera no auge do café a um cenário de estagnação urbana. Entenda como fatores como a decadência dos portos fluviais e a ligação ferroviária impactaram sua economia, levando-a a um declínio demográfico e estagnação persistente.

Um pouco de história e evolução.

Cantora Gabi Santo’s – Mega entrevista com uma grande voz de Guapimirim

A ascensão e queda do café em Magé

Fazendas antigas Guapimirim - Imagem: divulgação
Fazendas antigas Guapimirim – Imagem: divulgação

Magé, uma vez promissora pela prosperidade trazida pelo café na época, não conseguiu manter seu status de cidade em desenvolvimento. Em 1857, obteve a condição de cidade, mas sua trajetória divergiu de outras localidades próximas, mantendo-se à margem de funções urbanas predominantes e confinando-se ao papel de entreposto.

1.1 Os portos fluviais em declínio

A virada do século XIX testemunhou a decadência dos portos fluviais, outrora vitais para Magé. A ascensão das estradas de ferro eclipsou a importância dos rios, resultando em um golpe fulminante na cidade.

Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ)- Primatas em extinção

1.2 O impacto das estradas de ferro na ecologia local

Com o advento das estradas de ferro, que acompanhavam o traçado fluvial, a atenção à desobstrução e manutenção dos rios diminuiu. A ausência de mão-de-obra escrava após a Abolição em 1888 agravou a situação. Os canais de dragagem desapareceram, dando lugar a um sistema ecológico de brejos, propício ao surgimento de doenças endêmicas como cólera e malária naquele período.

Magé em declínio causas e consequências

O declínio das fazendas de café, a ligação ferroviária direta do Rio de Janeiro com as zonas produtoras e o assoreamento dos rios convergiram para a extinção dos portos na Baía de Guanabara. Esse declínio teve impactos diretos na saúde pública e desencadeou um processo de estagnação persistente.

2.1 A economia estagnada e o êxodo populacional

A economia estagnada foi o catalisador do declínio demográfico, resultando na migração da população para o Rio de Janeiro e áreas mais produtivas. Magé viu suas atividades econômicas reduzidas à extração de lenha e carvão, à lavoura de subsistência e às modestas fábricas caseiras de tamanco e cestaria.

2.2 Estagnação e a propaganda para emancipação de Guapimirim

A estagnação econômica desempenhou um papel crucial nos discursos e na propaganda para a emancipação de Guapimirim e a descoberta de grandes fazendas históricas. A emancipação de Guapimirim aconteceu no dia 25 de novembro de 1990. O declínio contínuo de Magé destacou a necessidade de mudança, alimentando a busca por autonomia e oportunidades de revitalização.

Magé rumo ao futuro

Os desafios contemporâneos de Magé naquele momento exigiu abordagens inovadoras. Iniciativas de revitalização que buscaram reverter a estagnação, promovendo o desenvolvimento econômico sustentável, preservação ambiental e melhorias na qualidade de vida da população.

Hoje Magé está diante de oportunidades para se reinventar. Investimentos em infraestrutura, educação e a promoção de setores emergentes. A cidade, marcada por sua história única, continua a escrever novos capítulos, moldando seu destino com base nas lições aprendidas do passado. Com a evolução de Magé e emancipação de Guapimirim temos dois locais extra ordinários para visitar.

Para quem gosta de histórias indicamos o livro: Raízes de Magé e Guapimirim – Roberto Féo.

4 comments

  1. Café em Magé, que decadência! Será que Guapimirim vai salvar a pátria? 🤔🌳🏭 #transformaçõesurbanas #cafénãoémaisocomoantes

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